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sábado, 8 de abril de 2017

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PÁSCOA

    As crianças talvez digam que é época de comer chocolate, lembram do coelho, ovo..., para os adultos é a época da canjica, bombons..., isto sem contar na alegria dos pescadores e peixarias, o preço é bem mais alto _ é a lei da oferta e procura. Os católicos mais tradicionais consideram uma afronta a Deus quando um cristão come carne na famosa “sexta-feira santa”; como se quebrasse um mandamento.

    A origem da Páscoa, que significa PASSAGEM ou PESSACH como diz os judeus, povo detentor desta celebração, portanto, conhecedor do simbolismo dessa festa, foi uma ordenança para lembrança de um milagre. No relato em Êxodo 12 encontramos a verdadeira instituição da páscoa, e no Novo Testamento em I Coríntios, o apóstolo Paulo traz a grandeza da revelação daquele ato simbólico ao afirmar: “...Pois também Cristo, nosso cordeiro pascal foi imolado. ” (I Cor. 5.7).

    Literalmente, a Páscoa denota sacrifício, gratidão e livramento. Ainda os hebreus estavam escravizados no Egito; Deus, por meio do líder Moisés, pedindo a Faraó libertação, e este recusando a deixá-lo ir com Moisés, quando foi decretada a décima praga aos egípcios - morte dos primogênitos.

    A sentença foi proferida, haveria morte de primogênitos em toda casa que não tivesse a marca de sangue nos umbrais, conforme determinou o Senhor.  Moisés instruiu que as famílias hebreias sacrificassem um cordeiro e aspergissem o sangue nos umbrais como sinal para o livramento.

   No horário determinado, à meia-noite, o anjo da morte feriu fatalmente todos os primogênitos egípcios, inclusive dos animais. Então, finalmente, Faraó liberta-os da escravidão, permitindo que fossem para o deserto, como solicitado.

    Trazer a memória este acontecimento seria para consolidar o relacionamento de Deus com o seu povo, era a liberdade e o livramento pelo sangue. Em continuidade, outra “passagem” ocorreu, desta vez cruzando o Mar Vermelho milagrosamente. No entanto, a “passagem” que instituiu a primeira páscoa, sem dúvida, foi a do anjo enviado por Deus para trazer morte às casas dos opressores. Na interpretação paulina, Cristo é a nossa páscoa por nos trazer vida, alegria e esperança, e não morte.

     A Páscoa que comemoramos hoje não é a mesma do Velho Testamento, tampouco do Novo ou semelhante aos judeus. “Comemorar Pessach é obedecer ao Eterno, a sua Palavra e aos seus mandamentos – e perceber a extensão espiritual e vivê-la. Pessach ocorre no décimo quinto dia do mês de Nissan, na estação da primavera. É comemorada de acordo com o direcionamento bíblico por um período de sete dias. Destes, o primeiro e o último dia são considerados como Yom Tov (Dia Festivo – festas) nos quais nenhum trabalho é realizado. Nos outros dias que se seguem um trabalho leve é permitido. Os judeus entendiam páscoa como oportunidade divina para a libertação do jugo egípcio, da construção de uma nação forte e rica em suas próprias terras. ” (Rabino Marcos Barreto)

    Para eles, uma expectativa de mudança local e quebra de um jugo. Para os cristãos, a mensagem da páscoa é, prioritariamente, a cruz de Cristo, símbolo da morte sacrificial, porém transformada pela ressurreição no despertar de uma nova esperança, através da qual abre-se oportunidade da remissão dos pecados pela crença no Salvador, que é uma providência de Deus para todos que O receberem. “O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pe 3:9). Logo, uma expectativa de mudança espiritual.

    Para finalizar, a páscoa não corresponde à ceia cristã; esta é para lembrar da morte do Senhor até que Ele venha (1 Cor 11), aquela o livramento concedido pelo sangue na entrada das portas.  Então, onde entram os coelhinhos, ovos e peixes???  Esotericamente eles representam o início de uma nova era. O chocolate é só para dar melhor sabor e de ótima aceitação comercial. O coelho também faz parte da antiga simbologia da fertilidade, devido sua rápida procriação. Uma sutil deturpação para substituir a ação divina.       

    Quanto a abstenção de carne na sexta-feira, segundo o Cód. de Dir. Canônico promulgado por João Paulo II em 1983, Cân. 1251, na verdade, a abstenção alimentar deveria ser todas as sextas do ano, salvo nas solenidades. Nem é necessária a ab-rogação; haja vista muitos poucos cumprirem.

Portanto, à luz das Escrituras, não é pecado comer ou presentear ovos de chocolate em qualquer época, assim como não é imprescindível a participação do costume. Infelizmente, essa cultura já está entranhada na sociedade, o comércio agradece. Mas a profanação está em atribuir honras e glórias às entidades e utilizar elementos de significado santos à banalização e deturpação dos ensinos bíblicos.  


                                                                                                            Fraternalmente,
                                                                                                  Pr. Ednilson Pedro Sobrinho

                                                                                                  Pastorednilsonsobrinho.blogspot.com



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