O CRISTÃO E AS MANIFESTAÇÕES
Decidimos abordar
este polêmico tema tendo em vista o atual momento que vivenciamos. Existe uma
duplicidade de sentimentos ou pressentimentos, a saber; devemos participar
ativamente destes atos históricos porque é a hora da mudança ou ficamos à
margem, embora também com o mesmo desejo. Para muitos, a ausência significa
acomodação, covardia e até antipatriotismo. Temos ouvido comentários de líderes
e pastores incentivando a presença no meio da multidão, ignorando os riscos
físicos e principalmente da alma; ainda que, verdadeiramente, a grande maioria
quer um processo pacífico.
Visto que a Bíblia, e não somente a Constituição, deve reger nossa
conduta, desconhecemos base para interpretar serem as manifestações a vontade
de Deus. Diz o sábio: “Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei e não te associes com os revoltosos. Porque de repente levantará a
sua perdição, e a ruína que virá daqueles dois, quem o conhecerá?” (Pv.
24.21-22). Considerando a relação empregado/patrão, servo e senhor; o apóstolo
Paulo orienta: “Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na
sinceridade do vosso coração, como a Cristo..., certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra
vez do Senhor, quer seja servo, quer livre.” (Ef.6.5-8).
Dirá alguém; e
quanto à corrupção e as injustiças sociais? Se lembrarmos a afirmativa de Jesus
que teríamos aflições neste mundo (Jo. 16.33), e que o Reino Dele não seria
aqui, seríamos tachados de fanáticos e até insensíveis à realidade da sociedade
brasileira; como se não vivêssemos nela. Quem pode receber esta palavra? “Vós, servos, sujeitai-vos
com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos
maus. Porque é coisa agradável, que alguém,
por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente.
Porque, que glória será essa, se,
pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o
sofreis, isso é agradável a Deus.” (IPe 2. 18-20)
No entanto, embora
pagando nossos tributos e tendo direitos no exercício da cidadania, há de se
compreender os limites entre a razão e a consciência cristã. Por isto Paulo
aduz que o homem natural não compreende as coisas do Espírito e não pode
entender porque lhe parece loucura (ICo.2.14).
Não! Não estamos
alienados, tampouco indiferentes, mas conscientes que os meios de conquistas
dos salvos diferem dos chamados naturais. “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações,
intercessões, ação de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e
de todos que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila
e mansa, com toda piedade e respeito.” (ITm2.1-2).
Toda indignação com
palavras de ordem contrárias ao Sistema denota um procedimento de insatisfação,
insurgindo-se contra o governo com doses de ira e repulsa. Seria uma
demonstração de confiança em Deus ou em si próprio? Sobre esta prática lemos:
“A ira do homem não opera a justiça de Deus.” (Tg.1.20). Em outras palavras, O Todo poderoso não está neste negócio.
Finalizando, houve
um rei por nome Josias, que embora sendo um dos melhores reis de Judá, no 31º
de seu próspero reinado, partiu contra o opressor Neco, rei do Egito, que, por
sua vez, guerreava contra o rei Carquemis, rei da Assiria. Mesmo o Senhor usando
a boca do próprio Neco pedindo que Josias não fosse à peleja, nada adiantou; e
aquele justo e temente rei de Judá perdeu sua vida prematuramente (2Reis 23). Em
alusão ao fato, concluímos: “Quem se
mete em questão alheia é como aquele que toma pelas orelhas um cão que passa.”
(Pv. 26.17).
Fraternalmente,
Pr. Ednilson
Pedro Sobrinho
"Por amor do Brasil não me calarei e não me aquietarei. Sobre os teus muros, ó Brasil, pus guardas que todo o dia e toda noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o Senhor, não descanseis nem deis a ele descanso até que restabeleça o Brasil e o ponha por objeto de louvor na terra" (Isaías 62. 1a, 6 e 7) ADAPTADO
ResponderExcluirA igreja não pode se acomodar Pastor, com Oração em primeiro Lugar entregando a nação a Deus, e depois com atitudes SIM, certamente, como o Pastor mesmo mostrou com um versículo não devemos nos "misturar" com os revoltosos (pv 24:21-22)mais em uma manifestação de reivindicação de direitos sempre haverá um ou dois que estarão ali somente com este intuito, como no Centro - Rio, 1MILHÃO DE PESSOAS x 100 BADERNEIROS!! e então toda a reivindicação perde seu foco?? Será que o sentimento de todos ali era vandalizar?? aceitaram aquela atitude?? Também Entendo que a imagem dos protestos é bastante distorcida pela mídia, mais não se pode tirar a beleza de tais manifestações por conta de 1% de desocupados!
"É HORA DO SENADO ACORDAR, É HORA DESSE POVO SACUDIR, É HORA DA BONDADE DOMINAR" ♫♫ (FERNANDA BRUM)
"Aprendam a fazer o bem! busquem a justiça, acabem com a opressão, lutem pelos direitos do órfão, defendam a causa da viúva. (Isaías 1.17)
a Sede do Cristão tem e deve ser sempre de JUSTIÇA e não de violência, é hora de acordamos sim, sabendo que quem marcha a nossa frente é o Senhor Forte e Poderoso, e contra ele não existe força, nem muralha, gigante, leão e CORRUPÇÃO!!
O povo sofre, sofre o pobre do interior do nordeste e tantos outros lugares com sede, enchentes, falta de escola e de qualquer tratamento básico de saúde.
Jesus tem contemplado a Fé desse povo que clama e que tá na rua e as coisas estão mudando.
Pastor um caso que me deixa triste é ver o Pastor Marco Feliciano sendo atacado da forma que vem sendo, me deixa triste ver a quantidade de pessoas do movimento GLBTS que o atacam. Atacam sua família, ofendem filhas, ameaçam de morte, de estupro, enfim.. eles se mobilizaram para "infernizar" a vida do Pastor, enquanto os evangélicos como que "alienados" veem tudo, e é como não se importassem, tenho certeza absoluta de que a oração do justo pode muito em seus efeitos, mais devemos ter voz ativa, nos fazer ouvir, sermos mais ativos nas nossas ideias e atitudes, isso é uma forma de evangelização também, inadmissível é ver tudo isso acontecer e achar melhor "não tomar partido" de nada!
Concluindo: quem se mete em questão alheia é como aquele que toma pelas orelhas um cão que passa (Pv. 26.17)..
Então deixo aqui uma pergunta: Será mesmo que essa questão é alheia ao povo de Deus??
Não escrevo como forma de "protesto", apenas gostaria de tentar mostrar um pouco do outro lado, me perdoe por pensar diferente sobre o assunto, que Deus continue usando a vida do Pastor e te abençoando a cada dia.
#ORE PELO BRASIL .
Obrigado querido (a) por sua manifestação aqui. Deus abençoe sua vida e dirija seus passos. Mas não se esqueça que "um pouco de fermento pode levedar toda a massa".
Excluirentão que o fermento sejamos nós "IGREJA" .
ExcluirDeus lhe guarde sempre Pastor
“Quem se mete em questão alheia é como aquele que toma pelas orelhas um cão que passa.” (Pv. 26.17).
ResponderExcluirTendo em vista o texto acima citado, não acho a questão (manifestação) num todo alheia, logo que fazemos parte desta sociedade sofrida, e com tantos problemas!
Porem concordo plenamente com todo o restante da colocação feita pelo meu abençoado Pastor!
Crendo sempre que nossas orações/petições surtem grandes efeitos!
Que oremos então por melhores governantes!!
Marta Silva
Paz do Mestre Jesus. De fato, Marta, o versículo está no contexto do rei Josias, citado acima. Concordo que os fatos, bem como suas consequências são de interesse universal. Contudo a análise tem a proposta de trazer uma reflexão bíblica quanto à vontade de Deus. Considerando que nem nem sempre os meios justificam os fins. Obrigado pela sua participação. Que Deus continue abençoando sua vida e sua casa.
ResponderExcluirAmém!!Querido Pastor, O Senhor tem abençoado grandemente além do que pedimos ou pensamos!!
ExcluirSe tratando de que nem sempre os meios justificam os fins.Também concordo plenamente.
Paz!
Marta Silva