O QUE REALMENTE VALE À PENA


É perfeitamente compreensível constatar que certos momentos na vida marcaram profundamente de modo que são inesquecíveis. Positiva ou negativamente, com ou sem seqüelas, eles se perpetuam como se fossem recentes. Conseguimos esquecer fatos atuais e por vezes guardamos os que ocorreram ainda na infância. Lembranças de projetos e expectativas para o futuro eram as mais patentes. Infelizmente, alguns sonhos tornaram-se pesadelos, como aquela jovem que casou cheia de felicidade, ouvindo o “até que a morte os separe”; e se depara com o rompimento.

Infidelidade, traição, desprezo e humilhação são como a inundação sobre uma construção, perde-se o valor - a frustração bate à porta. Pais que investiram nos filhos e foram abandonados; grandes amizades rompidas pela indiferença ou interesses mesquinhos; áreas profissionais esquecidas pelas circunstâncias da vida, ou reveses..., lembranças que trazem sofrimentos e angústias. Quem nunca teve uma decepção na vida? Quem nunca sofreu uma injustiça? Ou ainda, quem não cometeu erros que se pudesse gostaria de repará-los?


Este contexto remete-nos ao pesar em forma de lamento, como no período veterotestamentário (velho testamento) no qual os judeus retornavam do exílio após setenta anos. Mesmo os líderes encorajando o povo para o reinício, retornar a colocar as mãos na obra, desconsiderar as provocações dos “sambalates”, “Tobias” e “Geséns”, inimigos da reconstrução, os pessimistas e invejosos de plantão; da profecia afirmando: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ag 2.9). Contudo, havia realmente uma grande diferença das edificações posteriores das anteriores.

Mas que adianta viver o saudosismo? Agora, é levantar a cabeça, como diz o poeta, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Ir em frente que atrás vem gente! Aprender com os erros do passado para não tornar a cometê-los. Usar a experiência para si e também compartilhar aos outros. Não dar chance para a depressão nem melancolia, Evitar a autocomiseração e condenação prévia. Muitos serão abençoados por seu testemunho de perseverança. Entender que, neste mundo, a vida só termina no óbito; e aos genuínos cristãos há a crença na vida eterna. Popularmente diz-se que “quem vive do passado é museu”.


Esquecer completamente é humanamente impossível. Mas Deus nos dá a capacidade de disciplinar o pensamento, considerando, inclusive, que o Diabo usa este meio para destruir a fé de muitos. Alguém disse que quando o Maligno fizer você lembra-se do seu passado; você deve lembrá-lo do futuro dele. Afinal, o sangue de Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo, nos purifica de todo o pecado; e ele já está condenado. Estrategicamente, Lutero - ex-padre, reformador e protestante – dizia que não podia evitar que um pássaro pousasse na sua cabeça, mas que podia evitar que fizesse ninho. Em face ao dilema do pensamento no seu conflito interior, também o profeta Jeremias expressava sua vontade e determinação ao escrever: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lam. 3.21). Outrossim, em se tratando de erros do passado, pecados que foram confessados, e que, sinceramente, houve arrependimento, o Senhor conforta: “Quem , ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Mq.7.18-19).


O Espírito Santo nos ensina algumas medidas a empreendermos na prática da nossa fé com o intuito de, não só vencer as adversidades, mas pensamento que trazem dores; e que são verdadeiras tentações a impedir nossa caminhada:


  • Traçar metas de leitura da Palavra de Deus, diariamente.
  • Ter sempre louvores em sua casa, cantando ou ouvindo.
  • Envolver-se no Corpo de Cristo (igreja) praticando boas obras.
  • Exercer visitações aos necessitados, “é dando que se recebe”.
  • Relacionamento com Deus através da oração e do jejum.


Fraternalmente,
Pr. Ednilson Pedro Sobrinho

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