TESTE DE FIDELIDADE
Deus sempre é fiel conosco. E você, é fiel a Deus? A Bíblia nos revela: “Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que habitem comigo; o que anda em reto caminho, esse me servirá” (Sl 101.6). Podemos dizer que todos gostaríamos de compartilharmos alegrias, tristezas, expectativas, frustrações e outros sentimentos com pessoas verdadeiramente fiéis. A fidelidade é a primeira virtude de uma amizade. Assim como um relacionamento saudável é construído dia após dia, também a confiança imposta não se sustenta; ela precisa ser conquistada diariamente.
Estamos cercados de novas palavras provenientes de uma globalização cujo idioma estrangeiro tornou-se comum, e sequer procuramos suas origens. Somos surpreendidos quando compreendemos o sentido literal e sua relação com a fidelidade. Quem nunca precisou de um “wi-fi” para melhorar sua conexão? Do inglês wireless Fidelity, traduzindo, “fidelidade sem fio”, transmissões obtidas através de frequência de rádio, ou infravermelho para acesso à internet. É também compreendida como abreviação de High Fidelity (alta fidelidade), indicando ser reprodução fiel. Observamos que a conexão e compartilhamento só são executados quando há total integração entre usuário e fonte. É como se a origem (transmissor) confiasse tanto em nós que nos permitisse seu serviço.
Houve uma grande prova de confiança do Criador pela criatura, entregando seu próprio filho para nos servir de resgate por nossa alma, isto é, pagando um alto preço por nós. Ainda na tecnologia e neologismo, originariamente, também o “Whatsapp” seria um instrumento de credibilidade, visto significar uma pergunta “o que há de novo?” Embora saibamos que não podemos confiar em tudo que postam. Poderíamos falar do “cartão de fidelidade”, utilizado em diversas redes comerciais a fim de conceder privilégios por constância na relação, entendendo-se claramente, um compromisso mútuo – ser fiel para obter fidelidade
A palavra fidelidade deriva do latim fidelitas, significando fé e adesão. A quebra da fidelidade é um indício da falta de fé; pensando-se não haver qualquer consequência do ato; ou desprezo às leis naturais daquele relacionamento. Alguns interpretam que estavam “fora de si”, “deu um branco”, e outras justificativas para a deslealdade.
Os momentos que mais somos testados, normalmente, são aqueles que estamos sozinhos, ou sem conhecidos por perto. Somos testados navegando na internet e atraídos pela impureza, dominando um controle remoto de tv, preferindo o profano ao santo, dentre outros. A velha máxima diz: “queres conhecer alguém, dê-lhe poder.” Há uma relação muito forte entre o possuir e o ser; muitas vezes este depende daquele. Quantos se deixando levar pelos prazeres, subtraindo o que não lhe pertence, infiéis nas finanças, ingratos e, principalmente, negligentes - quando somos indiferentes ao chamado do Eternamente Fiel.
Na Parábola dos Talentos (Mt 25.14) somos confrontados com essa realidade. A figura do homem que se ausenta por um longo tempo, corresponde ao próprio Jesus, que também certa feita perguntou “...quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.8b). Os talentos, que não necessariamente identifiquem qualidades, mas bens; significam as oportunidades pela capacidade. “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.” (Lc 12.48b). Certamente que somos salvos pela graça que é um favor imerecido, porém a leitura do coração pertence a Deus. É importante constatar nesta simbologia do Mestre que o que não frutificou, ainda que guardou “à sete chaves” seu talento, não somente deixou de receber galardão, mas foi lançado nas trevas.
Portanto, devemos pensar duas vezes quando tentados a sermos infiéis ao Eterno Deus. Por quantas “lentilhas” temos preterido o Reino em função de nossos interesses? Para muitos o servir ao Senhor é na hora que já não tem mais o que fazer, sobrando tempo; depois do passeio, esporte, entretenimento, alvos materiais, etc. Ele declarou ser este o primeiro e maior de todos os mandamentos: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:37-39).
Fraternalmente, Pr. Ednilson Pedro Sobrinho
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