TEMPO DE MEDALHAS E CONQUISTAS
Pegando uma carona do atual momento que
vive a nação brasileira e principalmente o Estado do Rio de Janeiro, resolvemos
refletir sobre conquistas. Encontramos na Palavra de Deus alguma menção de competição.
Talvez o relato mais específico coube a Paulo: “ Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm,
mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. ” (I Cor
9.24). Quem não quer ser vitorioso (a)? A busca em superar seus próprios
limites faz parte da história da humanidade.
O apóstolo ainda completa sobre a
disciplina e dedicação como meios de obtenção de resultados favoráveis.
Evidentemente, sua intenção não era incentivar os irmãos a competirem
esportivamente, mas de trazer uma analogia da vida espiritual. “Todo atleta em tudo se domina, aqueles para alcançar uma coroa
corruptível; nós, porém, a incorruptível “ (I Cor 9.25). Duas palavras são imprescindíveis
em qualquer modalidade: meta e
determinação.
Sem ter o objetivo definido inviabiliza-se
os projetos. Como dizia o filósofo; “ se não sabemos que porto queremos
aportar, nenhum vento nos será favorável”. Uma ideia fixa; para alguns,
obsessão; um alvo para alcançar. Todos que vivem sem propósitos tendem a
desistir facilmente. A igreja de Filadélfia recebeu o seguinte aviso: “... conserva o que tens, para que ninguém tome
a tua coroa. ” (Ap 3.11b). Aqui o alvo era a permanência, constância.
Quantas pessoas desistem de seus objetivos
por qualquer motivo!? No Novo Testamento, Bartimeu, foi um dos mais persistentes
ao objetivo. Além de cego e mendigo, obstáculos que o impediam de se aproximar
de Jesus, contudo seus gritos incomodavam os transeuntes. Foi repreendido para que se calasse, para que
desistisse..., porém estava disposto a se expor publicamente até alcançar sua vitória.
Mas o melhor exemplo de conquista e
estratégia que agradaram a Deus, encontramos no Velho Testamento, na história
de Ana. Naquele caso, a concorrente, também esposa de seu marido, a humilhava. Não
lhe era suficiente o simples desejo de obter um filho, não dependia somente da
sua performance ou saúde, mas precisava de um milagre de Deus. Identificamos
atitudes da derrotada Ana que mudaram o curso de sua vida de fracassos e
tristezas para vitórias e realizações. Eis o seu exemplo:
1-
Não
deixava de cultuar a Deus
No cap. 1 de I
Samuel lemos que ela ia com seu marido para adorar e sacrificar ao Senhor;
independente da superioridade e hostilidade da rival; mantinha sua fé viva.
Aprendemos que devemos buscar ao Senhor em todo os momentos da nossa vida.
2-
Não
trocava o mal com o mal
Mesmo oprimida e
provocada por Penina, Ana manteve sua integridade, não revidou nem retribuiu as
ofensas que recebia. Simplesmente a ignorava suportando-a. Como podemos
prevalecer sem um caráter humilde? “... e
adiante da honra vai a humildade” ( Pv. 18.12b).
3-
Orar
e quebrantar-se diante de Deus
Ao perceber ter
chegado ao seu limite, vai derraramar sua oração e suas lágrimas aos pés daquele
que tudo vê e socorre aos corações quebrantados e contritos. Muitos lutam sozinhos e tentam resolverem ou
conseguirem algo da sua maneira, não recorrendo à dependência do Altíssimo. Nunca descem para não demonstrarem sinais de
fraquezas, e, consequentemente, são derrotados.
4-
Colocar
Deus em primeiro Lugar
Sinceramente, o
que buscamos e tanto desejamos é para a glória de Deus? Queremos edificar o
Reino de Deus? Queremos que Ele seja exaltado através das nossas conquistas? Algum
dia já renunciamos algo ou alguém como prova de amor ao Eterno?
Quantas mulheres
estéreis pediriam um filho a Deus para que elas próprias não gozassem de suas
companhias? Aqui está o segredo da
vitória; oferecer a Deus totalmente aquilo ou quem nos pertence, deliberadamente.
Ana pediu um filho ao Senhor e prometeu devolvê-lo ainda na infância.
5-
Respeitar
as autoridades
Pode parecer
algo banal, mas a sua atitude diante da acusação do sacerdote Eli denota a
postura de respeito e submissão às autoridades; o que também é uma ordenança
divina. Existem pessoas que perdem grandes oportunidades na vida pela ausência
desses atributos. Reconhecer os que estão em eminência é um princípio bíblico
que gera benção. Desde o honrar pai e mãe, como patrões, líderes, encarregados,
professores, superiores, etc. Ela teria todas as razões naturais para criticar o
sacerdote Eli, mas não o faz e por isso recebe a benção do sacerdote. “ Vai-te em paz, e o Deus de Israel te
conceda a petição que lhe fizeste. ” (I Sam 1.17).
Um pequeno
detalhe após tudo isto, Ana cumpre o seu voto. Não há incentivo bíblico para
utilização deste método, visto que em Eclesiastes até aconselha “ Melhor é que
não votes do que votes e não cumpras” (Ecl 5.5). No entanto, é muito comum esquecermos
das promessas que fazemos. Verdadeiramente, isto também é uma forma de
ingratidão. Já dizia a minha mãezinha que dor de barriga não dá uma vez só.
É sempre bom
reconhecer de onde veio o benefício e cumprir os propósitos, honrando a nossa
palavra, para com os homens e, principalmente, com Deus. O resultado da vitoriosa
experiência da Ana foi que Deus lhe concedeu mais cinco filhos (I Sam 2.21).
Uma honra para uma judia antes estéril. Medalha de Ouro para ela.
Fraternalmente
Pr. Ednilson Pedro Sobrinho
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