VENCENDO AS ADVERSIDADES

   O inimigo de nossas almas é nosso adversário, mas nem todos os adversários são nossos inimigos. A origem da palavra “adversário” vem do Latim ADVERSARIUS, significando “rival, oponente”, de ADVERSUS, literalmente “voltado contra, enfrentando”, de AD, “a, para”, mais VERTERE, “voltar-se, virar”. Daí a expressão adversidade que é derivada.

    Num mundo tão competitivo como o que vivemos é preciso compreender os fatos e pessoas para não se criar hostilidades, animosidades ou até mesmo tropeços na fé. Alguém que disputa uma vaga por meio de qualquer concurso, obviamente, depara-se com muitos adversários. Num sentido mais amplo, as adversidades podem ser tudo o que é desfavorável, ou que causa infelicidade e revés.

   Para superar as adversidades é importante compreender sua origem. Como um desemprego, que além do resultado de um governo deficitário, pode também ser proveniente de falta de preparo, desqualificação no mercado, dificuldade de submissão, e até auto estima baixa que caminha com a incredulidade. Uma doença que surge; em face à precariedade do sistema de saúde, falha na prevenção, desleixo, ou até uma seta do Diabo. Para isto também Jesus se manifestou, para desfazer as obras do maligno (IJo 3.8).

    Os males podem ser naturais ou sobrenaturais. É comum em um acidente aéreo as autoridades competentes procurarem a famosa caixa preta do avião, na qual estão as últimas falas do piloto, com possibilidades de nela conter o registro do problema da tragédia. Raramente no dia a dia recorremos à “caixa preta” para fazermos exata leitura das adversidades. Costumamos atribuir tudo à vontade de Deus. Confundimos permissão com ordenança. Nem todas as árvores são provenientes da participação dos pássaros que semeiam, algumas os próprios homens plantam.

    Se fossemos discorrer sobre todos os males, uma enciclopédia não bastaria. No entanto, sabemos que muitas situações adversas não se apresentam do mero acaso. Existem algumas dicas na Bíblia, como: ”A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda. ” “No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente. ” “Tomará alguém fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem? ” (Pv16.18, Pv10.19, Pv6.27). O Livro santo está repleto de conselhos que evitariam muitas adversidades.

   É inegável que o povo de Deus passe por muitas aflições, que, como bem disse o apóstolo Pedro, se faz necessária: “para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. ” (IPe1.7). E quando as afrontas se levantam e parecemos diminuídos aos olhos doas opressores? Aceita-se passivamente a sentença?

    O apóstolo Paulo reivindicou seus direitos contra a agressão que sofreu pela guarda que sequer instituiu um processo formal sendo ele cidadão romano. Proporcionando assim uma retratação dos próprios pretores que se redimiram pelo erro (At 16.37). Além dos direitos naturais, também o Altíssimo, quando procurado, socorre os oprimidos com ações sobrenaturais, conforme ocorrido com Judá nos dias do rei Ezequias.

    A afronta humilhante proferida por Senaqueribe, rei da Assíria, e Rabsaqué, seu enviado; ultrapassou os limites da adversidade entre as nações, escarnecendo eles do próprio Deus que era cultuado pelo povo judeu. Embora estivessem reduzidos em comparação ao oponente, isto não impediu que Ezequias entrasse na Casa do Senhor humilhando-se e pedindo a intercessão do profeta Isaías. Alguns fatores certamente influenciaram o socorro divino. Podemos identifica-los considerando as informações do relato de Isaías, como um grande exemplo de como superar as adversidades, quando requer uma intervenção sobrenatural.

    Inicialmente, nada responderam aos opressores.  Por vezes o silêncio é a melhor resposta. “A ira do homem não opera a justiça de Deus. ” (Tg1.20)
    A seguir vemos a prática da humilhação. Diferente do que muitos dizem, não são os humilhados que serão exaltados, mas os humilhados que aprendem a se humilharem; principalmente debaixo da potente mão de Deus. (I Pe5.6). Não existem métodos melhores à luz da palavra que a oração e o jejum como meios de quebrantamento.

     Por último, em alusão às funções dos três primeiros homens servos do rei que receberam a dura afronta; Eliaquim (mordomo), Sebna (escrivão) e Joá (cronista filho de Asafe); Lembramos características que permitem uma maior resistência às adversidades. Mordomo lembra serviço, o que serve de coração ao Senhor será honrado. Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará. (Jo.12.26). 

    Escrivão lembra palavra; procurar a comunhão com a Palavra, compromisso.  Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. (Jo15:7).  Encerrando com o cronista; este tinha a incumbência do registro histórico como compilador, também dos Salmos e cânticos. Ainda mais um descendente de Asafe! Somos chamados para o registro dos feitos do Eterno em gratidão e louvor para a glória do Pai. Adore-o! Alegre-o e Ele te fortalecerá para vencer as adversidades ( Ne 8.10).

     


                                               Fraternalmente                                                                                                                       Pr. Ednilson Pedro Sobrinho

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