Uma breve reflexão sobre o grave momento que atravessamos

“POIS QUEM NÃO É CONTRA NÓS É POR NÓS” (Mc 9.40)

 Não me recordo outro tempo em que fosse tão difícil a questão da prática da tolerância e capacidade de considerar as diferenças. Somos reflexo do mundo ou o mundo reflete o que somos? Nos tornamos intolerantes devido ao meio em que vivemos ou o meio em que vivemos se tornou intolerante por nossa razão? Frases como “Tolerância zero”, é citada de forma aberta e generalizada como se não importasse as circunstâncias. Enquanto que alguns tolerantes são chamados de omissos, tem sido acirrada uma disputa pessoal e hostil que excede o campo das ideais.

    À luz do reconhecido Moderno Dicionário Michaelis, na definição sociológica, a tolerância compreende uma atitude social de quem reconhece aos outros o direito de manifestar diferenças de conduta e de opinião, mesmo sem aprová-las. Oriunda do latim “tolerare”, é sinônimo de suportar ou aceitar. Também um ato de agir com condescendência e aceitação perante algo que desaprovamos. Sob outra ótica nem sempre tolerar é sinônimo de misericórdia; esta denota piedade e compaixão e aquela compreensão. O fato de Deus tolerar o homem em seus atos errôneos, não significa conivência, mas uma liberdade volitiva de expressão ou manifestação.

    Sendo as trevas uma ausência da luz, logo trevas só é compreendida como tal por sabermos a existência da luz. Semelhante analogia fez o apóstolo Paulo: “Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio” (ICo 11.19). Os extremos da tolerância abrangem duas questões: Se convém calar e deixar seguir o próprio caminho, acreditando que mais tarde a pessoa perceberá ter tomada uma decisão equivocada ou orientar já quanto a consequência maléfica da escolha. Alguém disse que o Senhor tolera o pecador, mas não tolera o pecado. 

    Jesus foi tolerante com um homem que expelia demônio o qual sequer andava com Ele. Criticou seus discípulos que proibiam o agente de fazer tal prática e explica que não eram exclusivos em realizarem o milagre da libertação; afirmando, de alguma forma, que também aquele homem estava favorável ao bem, portanto, era por Ele. O maior conflito surge quando nos indignamos com propostas contrárias a moral, valores éticos, religiosos e reagimos por não compactuarmos com determinadas escolhas.

    Creio plenamente que muitos que defendem a esquerda, que se identificam e estimam determinado político o fazem na melhor das intenções, acreditando em suas convicções e querendo o bem da nação. No entanto, como tudo na vida, existem consequências e valores agregados às nossas opções. Lembro de uma jovem delicada e sensível que me dizia estar muito atraída pela profissão de bombeiro. Ela ficava maravilhada com as cenas de salvação das pessoas e dos ataques às chamas. Tudo era incrível aos seus olhos! Estava resolvida a ingressar na carreira, até que lhe informei que dentre as funções do bombeiro estava a remoção de cadáver; alguns mutilados e tetricamente irreconhecíveis. Resultado? Ela desistiu de iniciar a carreira. Compreender exatamente as qualificações é fundamental.

    Entendo a simpatia de militantes por alguém que, aparentemente, defende as minorias com discursos de programas sociais. Entendo que muitos lembram terem tido uma condição de vida razoável, inseridos no mercado de trabalho, com fácil acesso às universidades (mesmo ignorando qualidade de ensino). Entendo que muitas pessoas tiveram a possibilidade de adquirirem uma casa própria. Entendo que muitos adquiriram bens antes improváveis. Entendo e reconheço a alegria justa proporcionada aos nossos irmãos nordestinos como a água, etc.  Entendo perfeitamente a fala da Cultura nacional que receia a redução de verbas no setor e interrupção das benéficas da Lei Rouanet que destina milhões do contribuinte para renomados artistas.

    Só cabe aqui uma reflexão sincera do ocorrido no mesmo período dos governos esquerdistas: A Educação entrou em declínio; a PETROBRAS quase faliu, assim como muitas grandes empresas entraram em derrocada. Nunca o meio político foi tão desmoralizado com tantas corrupções e escândalos. As nossas crianças foram as maiores vítimas da chamada cultura, através da exposição da imoralidade. Uma Saúde inexistente, níveis de violências jamais concebíveis. Um ministro da Educação que utilizava o MEC para inserir literaturas eróticas nos colégios (hoje ainda é candidato à presidência!). Desvio de bilhões do BNDS para atender outros países, com lavagens de dinheiro público e benefícios a empresários, enquanto o próprio país é afundado na maior crise da história. Isto sem contar que o Brasil tornou-se inimigo de Israel, com quem, historicamente, sempre teve laços de amizade a partir de 1948 reconhecendo seus direitos internacionais.

    Contudo, ainda compreendo o declínio de alguns para a esquerda. Quer seja por ignorarem os fatos ou por desvalorização das normas, visto defenderem um socialismo libertário que é simpatizante da anarquia. Entendo que aqueles que não coadunam com valores morais e religiosos estejam dispostos a verem seus filhos e netos ensinados na promiscuidade, debaixo da ideologia de gênero, desconstruindo as bases da família, favoráveis ao aborto, assim como legalização das drogas. Entendo que um não cristão não valorize estas coisas, fato completamente normal.

        Aqui a minha amizade e profundo respeito a todos que pensam diferente, mas sem ignorar a importância do atual sufrágio atípico e relevante. Não mais sob a égide do apelo global da “festa da democracia”, haja vista não ser tempo de festas, mas tristezas; entendendo que só temos duas ideologias concorrentes: uma socialista de reputação duvidosa que caminha no mesmo destino da Venezuela, Bolivia e cubana com a total destruição dos valores familiares e outra com proposta de romper com a corrupção e valorar a célula mater da sociedade e devolver o Brasil aos brasileiros.

    Mais do que nunca, é preciso o Povo de Deus acordar! Nossa decisão hoje mudará a história da nossa nação. O que queremos para nossos filhos e netos? Um certo microempresário perguntou a determinado eleitor: Você vai votar em Bolsonaro só porque ele é honesto? Se faltar honestidade, o que resta como credibilidade? Respondeu. QUE DEUS SALVE ESTA NAÇÃO!


                                                                                     Fraternalmente,
 Pr. Ednilson Pedro Sobrinho

Comentários

  1. Que Deus salve essa nação!!! O Justo Juiz!!!ótima reflexão Pr, apesar de ser Bíblico e só piorar, temos a nossa esperança em Deus!!!

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  2. A paz do senhor! Não voto no 13 e nem 17 !meu voto é no 12...

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