TRAZENDO PÃO LEVEDADO
“Com bolos
trará, por sua oferta, pão levedado, com o sacrifício de sua oferta pacífica
por ação de graças” (Lv 7.13).
Desde a instituição da Páscoa (Ex 12) que dentre as ordenanças da preparação constava que por sete dias comeriam pães asmos (sem fermento): “Sete dias comereis pães asmos: ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado (com fermento), desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel” Ex 12:15. O símbolo da profanação estava ali evidenciado.
“Nenhuma oferta de manjares, que fizerdes ao Senhor, se fará com fermento...” (Lv2.11a). A ordenança se estenderia até à própria casa; “tirareis o fermento das vossas casas” (Ex 12.15 partes). Assim foi introduzida a Festa dos Pães Asmos que seguia imediatamente após a Páscoa, chegando a ser considerada complemento desta.
A
representação de pães asmos era “o pão da aflição”, lembrando a saída apressada
da terra do Egito (Dt 16.3). O pão era o alimento principal dos hebreus. Trigo
e cevada com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão;
acrescentava-se a farinha com água; podendo inserir o sal, e por fim era
cozido. Mais tarde começou a usar-se fermento e substâncias aromáticas. O pão
asmo era feito somente de farinha e água, sem fermento, e cozido em porção de
pequena espessura. Comia-se partindo com os dedos, sem cortar.
No Novo
Testamento o fermento simboliza o pecado. Assim como o fermento penetra toda a
massa do pão, pequenos delitos tendem a corromperem o coração; outrossim,
maldade de uma só pessoa corrompe toda a congregação que o consente. “Um pouco de fermento leveda toda a massa”
(Gal 5.9 e 1 Cor 5.6b). O próprio Jesus ordenou, metaforicamente, a
abstinência; “Guardai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus e do fermento
de Herodes” (Mc 8.14); referindo-se a doutrina e hipocrisia.
Vivemos
numa sociedade repleta do fermento da imoralidade, da desonestidade, da cobiça,
da sensualidade exacerbada, da corrupção, das doutrinas heréticas, da
indiferença, do modismo, da homossexualidade, do lesbianismo, da mentira e
tantos outros fermentos maléficos.
Historicamente,
é importante frisar que o uso da fermentação era comum na produção do pão, os
discípulos de Jesus levavam fermento nas jornadas (Mt 16.5). Porém, nas
celebrações solenes, não se utilizava. O fermento é composto de seres vivos,
fungos microscópios chamados levedura que se alimentam de açúcar liberando gás
carbônico, que é responsável pelo crescimento da massa, e álcool. Quando a
massa é aquecida no forno as leveduras se multiplicam ingerindo o açúcar e o
amido contido na farinha de trigo.
Curiosamente,
a existência de um versículo mencionado no início deste texto, liberando o
fermento numa oferta solene, é surpreendente!
Cinco
sacrifícios os hebreus executavam no Velho Testamento: Holocausto, Oferta de
Manjares, Oferta Pacífica, Oferta Pelo Pecado e Pela Culpa. Os três primeiros
não tinham caráter expiatório (remissão de pecados), Holocausto e Oferta de
Manjares compreendiam consagração; conquanto a Oferta Pacífica compreendia
comunhão e ação de graças. A palavra hebraica para esta oferta significa
“completar” ou “suprir insuficiência”, expressando adoração e louvores; daí a
presença do pão levedado parece destoar a proposta. No entanto, visto que os
sacrifícios da época eram simbologias futuras, a comunhão ainda não estava
plena, a presença ou sombra do pecado era manifesta.
O pão
levedado faz lembrar a nossa natureza, a humanidade caída. A fraqueza do homem
associada à impotência. A consciência de uma dependência total para completar
nossa comunhão com Deus – Cristo, que é a nossa páscoa e redenção, completou.
Não existe a verdadeira paz sem Cristo.
Ainda o
vaso, que somos, é de barro; e não de ouro ou prata. Nas palavras do próprio
mestre; “... sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5b). Precisamos continuar a
oferecer sacrifícios espirituais como forma de relacionamento e identificação
com o Cordeiro de Deus, a quem toda a honra e glória. Jejum, oração e entrega
total são complementos para uma vida de santificação. “Também vós mesmos como pedras que vivem, sois edificados casa
espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pe 2.5)
Fraternalmente,
Pr.
Ednilson Sobrinho
Amém! Muito importante esta mensagem. Somos totalmente dependentes de Jesus. Se somos escolhidos somos dependentes do Senhor Jesus. Não podemos nada sem Ele, como diz a sua Palavra.Nossa dependência de Cristo precisa ser total. Mensagem abençoada. Amém Pastor Ednilson.
ResponderExcluirParabéns pela sabedoria que Deus lhe deu, e também ta passando pra nos o que você aprendeu. Obrigado que Deus te abençoe.
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