NÃO DEIXE A CASA VAZIA
Todos temos conhecimento
que uma casa vazia pode contrair diversos problemas. Sob a ótica natural,
qualquer imóvel desocupado por algum tempo tende a desvalorizar-se, muitas
vezes por falta de manutenção regular, ora presença de teias; sobretudo na questão
mais importante, que é o risco de invasão, além de outros fatores em virtude da
não ocupação.
À luz das Escrituras, a palavra casa ou moradia está também muito relacionada com o corpo humano. Pedro assevera que somos edificados casa espiritual (1 Pe2.5). O apóstolo Paulo declara que “... se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus" (2 Cor5.1)
Nosso Mestre Jesus utilizou
uma analogia profunda sobre a libertação de um oprimido e a possibilidade de
retorno do opressor ao constatar nova chance de dominação, ainda trazendo
reforço. "Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares
áridos procurando descanso e não encontra, e diz: ‘Voltarei para a casa de onde
saí’. Chegando, encontra a casa desocupada, varrida e em ordem. Então vai e
traz consigo outros sete espíritos piores do que ele, e entrando passam a viver
ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim
acontecerá a esta geração perversa". (Mt. 12:43 – 45).
Em tempos de preocupação
com a pandemia, esforçamo-nos ao máximo, com todo o cuidado com a nossa casa
terrestre (nosso corpo físico), e negligenciamos com a nossa casa espiritual.
Estaria ela também vazia? Algumas revelações se manifestam nessa passagem. A
primeira é que o espírito maligno pretende habitar no homem, dominando-o
completamente, daí a expressão possessão, ou seja, tomar posse, escravizando-o
e o conduzindo a muitos males, tais como imoralidade, mentira, vícios,
profanação, dentre outros; com o único propósito de destruir a comunhão do
homem com Deus. E por que o adversário faz isso? Pelo simples motivo de se opor
ao Criador e a tudo o que Ele criou. Principalmente, o ser humano, que é a
coroa da criação de Deus. “Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem,
para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e
de honra o coroaste” (Sl 8.4,5)
É importante lembrar que
existe uma união no mundo espiritual, a qual o Senhor chamou de reino das
trevas, para ter sucesso neste designo.
A grande esmagadora maioria daqueles que reconhecem o
Senhorio de Cristo, quer permanecer até aquele grande Dia. Porém, muitos tem
ignorado os ardis do inimigo, conforme 2Cor 2.11: “a fim de que Satanás não
tivesse vantagem sobre nós; pois não ignoramos as suas intenções.” Já existe
uma tendência natural em nós para o pecado, lembra Tiago; quando somos
“atraídos e engodados pela própria concupiscência”; isto é, há uma clara
pré-disposição para determinado delito. Conhecendo nossa natureza, precisamos
nos policiar ainda mais, porque a casa não pode ficar vazia.
Considerando que aquele espírito maligno pode voltar e
trazer consigo mais sete piores, atestamos aqui um elevado grau de dificuldade
para reaver a casa outrora limpa e ocupada pelo bem. Listaremos alguns
obstáculos encontrados por aqueles que, após estarem libertos, permitem que o
opressor retorne com sua cavalaria. DESÂNIMO, INDISCIPLINA, CONVÍVIO RUIM,
CONSCIÊNCIA, MÊDO, VERGONHA E SOBERBA, esta revelada numa ausência de
humildade, que é vital para qualquer tratamento.
A certeza que temos é que todos somos provados, o que não significa que o Senhor quer nossa queda, mas sim o aperfeiçoamento dos seus filhos. “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;” (2 Cor 4.8-10).
Alguns “vacinas” nos foram “liberadas” para o tratamento mesmo quando recebemos uma “nova onda” ou “novas variantes” do vírus do pecado. Oração incessante, tornar a ocupar o tempo com as coisas santas, leitura da Palavra e separar as amizades que realmente edificam, porque, de fato, “as más conversações corrompem os bons costumes”. E numa dosagem bem considerável, vigiar e resistir às mensagens negativas que somos bombardeados. Que tal evitar alguns noticiários e reduzir, consideravelmente, o acesso às redes sociais?
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” (1Jo 1.9-10)
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