“E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. ” (1Cor 12.6)
Recentemente abordamos nos cultos de quarta-feira ministrações na área de cura divina, porque nós cremos que Deus ainda faz milagres. Meditamos, à luz da Palavra, passagens corroborando com este pensamento, nos edificando e nos despertando a praticar nossa fé; inclusive realizando o ato de unção com óleo, conforme ensino em Tiago. Desconsiderar que também é para nosso tempo a atuação do Messias trazendo saúde é como ignorar a própria escritura que afirma: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e será eternamente” (Hb 13.8)
Falar sobre métodos ou meios de cura é uma forma de abrir o entendimento e compreender que Ele é soberano para atuar de diversas formas, como Lhe convém; não subestimando aqui o tradicional tratamento médico por meio da ciência, o qual também Deus concedeu capacidade ao homem. A certeza que temos é que “se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127). Neste sentido trazemos sempre à memória a experiência do rei Asa que pereceu porque não buscou o Senhor na sua enfermidade, confiando exclusivamente nos médicos. (2 Cro. 6.12).
Por mais paradoxal que possa, encontramos na Bíblia milagres que sequer houve manifestação de fé, aprouve ao Mestre agir, deliberadamente; assim ocorreu na ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7). Sequer vemos a intercessão de alguém, tampouco tinham esperança de mudança naquele quadro já consumado; porém, “movido de íntima compaixão” aconteceu o sobrenatural. Semelhante exemplo de iniciativa está registrado em João 5, o agitar das águas era a providência para a cura daquele que fosse o primeiro a descer no tanque de Betesda; bastava estar atento, esforço físico ou ser ajudado por alguém. O próprio Lázaro, amigo de Jesus (Jo 11), outro exemplo da vontade soberana do Altíssimo. Tamanha é a misericórdia que se manifesta até mesmo quando não é procurado! No entanto, é bom lembrar que o milagre não está ligado a salvação, esta se dá pelo arrependimento e confissão de Cristo como Senhor.
A cura pode não ser imediata, como atestamos nos dez leprosos que indo ao encontro do sacerdote a alcançaram no caminho; uma fé diretamente ligada com a obediência. Por vezes a eficácia da intercessão sem a presença do enfermo, é suficiente; conforme foi beneficiado o servo do centurião, homem humilde e íntegro, cuja fé é elogiada por Jesus. Outrossim, a filha da mulher siro fenícia ou cananéia, ausente na súplica da mãe, foi agraciada pela libertação da opressão promovida pelo Médico dos Médicos, após a insistência da intercessora. Estamos rodeados de exemplos de meios da provisão divina para que não ousemos padronizar nem limitar a Sua atuação.
A intercessão encontra mais solidez quando acompanhada de outros, assim nos foi ensinado: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus...” (Mt 18.19). Orar junto traz fortalecimento em todos os sentidos. Um casal que ora junto proporciona benção e evita males, assim como irmãos parceiros no clamor que se preocupam com outros e exercem a palavra atuando como igreja, verdadeiramente. Existem os que compreendem que a imposição das mãos é o método mais convencional baseados na ordenança: “... se impuserem as mãos sobre os enfermos eles ficarão curados” (Mc 16.18b).
O que dizer da experiência dos efésios sendo curados por intermédio de lenços e aventais de Paulo (Atos 19.12)? Para alguns, apenas objetos para despertamento da fé; para outros o poder sobrenatural de um homem consagrado cujas vestimentas e utensílios também transmitiam milagres. Conquanto a glória for sempre de Deus, os meios são o que menos importam. Não podemos ignorar a perspectiva do dom, bem como de uma fé diferenciada, pois o próprio apóstolo afirmou ter alguns estes chamados específicos: “ A outro no mesmo Espírito a fé, e a outro no mesmo Espírito dons de curar” (1Cor 12.9).
Embora considerando diversos meios de cura na Palavra, o grande ponto da obtenção da plenitude da benção está em tomar posse das promessas. Longe de ser um sentimento de arrogância ou de determinismo, é um instrumento de fé, haja visto que tal atitude encontra amparo bíblico: “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas fostes sarados” (1Pe 2.24).
Fraternalmente,
Pr Ednilson Sobrinho
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