“Portanto, eu, prisioneiro no Senhor,
suplico-vos que andeis de modo digno para com o chamado que recebeste” (Ef.4.1). Encontraremos traduções com o mesmo sentido
o chamado e a vocação, como a seguir: “Porque os dons e o chamado de Deus são
irrevogáveis” (Rm11.29 – K.J.A); enquanto na versão revista e corrigida
apresenta “dons e vocação”. Literalmente, a palavra “vocação” tem origem no
latim “vocare”, que significa “chamar”. Assim, a vocação é o chamado à nossa
essência, à nossa habilidade natural. Dessa forma, o termo diz respeito à
facilidade que uma pessoa tem de realizar uma tarefa com excelência, dado que
já possui um dom para aquela atividade em específico. Entretanto, é admissível
alguém ter diversas vocações, porém se aterem a determinada área, entendendo
ali um chamado.
Importante afirmar que, à luz da palavra de
Deus, todos somos chamados para sermos filhos do Pai Eterno e o adorarmos; não
necessariamente para desenvolvermos esta ou aquela atividade. “Deus é fiel,
por meio do qual fostes chamados à comunhão de seu filho Jesus Cristo nosso
Senhor (1Co1.9). A partir deste entendimento, vão existir áreas de atuação
para edificação do corpo, ou seja, da igreja da qual somos membros. Exemplificando,
na questão ministerial são identificadas devidamente: “E a uns pôs Deus na
igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar profetas, em terceiros
doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de língua” (1Cor12.28). Concernente
a dons e serviços, Paulo faz menção de alguns registrando: “Se é ministério,
seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use
esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com
cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm12.7,8).
Como saber se temos chamado? Alguns pensam
que o único método é o recado direto por determinado profeta ou pelo próprio
Deus. No entanto, como dito acima, o Senhor não está preso a métodos. Alguns
desenvolvem ações benéficas, frutificando no Reino, sem identificarem ser estas
o seu chamado. É claro que o intuito ou motivação denotam o grau de confirmação
dos mais próximos e, sobretudo, divina; assim como a recompensa pelos feitos.
Outrossim, existem sinais de aprovação, como a cooperação proporcionada por
Deus, assim ocorreu com o então, copeiro do rei, Neemias. Não há registro
sequer de uma ordenança dos Céus para que ingressasse na empreitada de
edificação dos muros de Jerusalém. Sua motivação ou chamado foi a
sensibilidade, a compaixão pelo sofrimento dos seus irmãos e iminente
destruição da sua pátria.
Se alguém é extremamente zeloso ou
comprometido, são características que agradam a Deus; ainda que por ignorância
não estejam alinhados na verdade. Foi assim com o Saulo na estrada de Damasco,
um fariseu que pensava estar agradando a Deus. Também com Daniel que juntamente
com outros jovens judeus, se dedicavam ao conhecimento na escola babilônica.
Natanael, um homem atento às profecias (Jo 1.46); o próprio Davi, que além de
ser um jovem ocupado, ignorado nas reuniões familiares, tinha coragem pra
defender o rebanho. Características como a humildade e a fé são essenciais para
sermos chamados e sermos usados no propósito divino. Lembremos que: “A
arrogância precede a ruína e a humildade precede a honra” (Pv18.12).
Ter paciência para aguardar o momento
certo, também é fundamental. A precipitação e a reivindicação pelo
reconhecimento nunca são bem vistas pelo Alistador. É sempre bom lembrar que a
unção que Davi recebeu do profeta Samuel, diante de seu pai e irmãos, não o
levou a assumir de imediato o trono de Israel, o dom não pode ser confundido
com o ministério. Saber cantar não a qualifica para o Ministério de louvor,
embora seja um pré-requisito; pregar bem não o qualifica a pastorear; formação
acadêmica não qualifica à liderança; tampouco ser um empresário de sucesso qualifica a administrador eclesiástico. Além
do chamado; “tudo tem o seu tempo determinado”.
A grande certeza que temos é que a gratidão
nos aproxima de Deus. Com a gratidão vem o amor, e este sempre proporciona o
cuidado para com o próximo. Onde impera o egoísmo não há lugar para a
solidariedade. Servir a Deus e às pessoas é um privilégio! Você tem um chamado!
O seu encontro e experiência com Deus pode edificar muitas vidas. A rainha
Ester estava em sua zona de conforto, nos prazeres do palácio, enquanto seus
irmãos corriam perigo. Precisou o seu tio lembrar seu chamado: “Porque, se
de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os
judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo
como este chegaste a este reino?” (Et 4.14).
Fraternalmente,
Pr. Ednilson Sobrinho
====================================================================
AGENDA DO MÊS DE FEVEREIRO
ESSE É O LUGAR DE UM VERDADEIRO DISCÍPULO DO SENHOR
Comentários
Postar um comentário