“COMO VOCÊ ESTÁ?”
“Se
tu te sentes triste/ Se esta tua dor se alonga/ Se tudo dando errado/ Ainda
assim, olhes para cima/ Alguém está sofrendo tanto quanto estás/ Alguém está
clamando para te sustentar/ Alguém está olhando e quer ver teu olhar/ Alguém
está falando: Vai. Não vá se entregar! / Se hoje a dor é grande/ Quantos já nem
mais levantam/ Se olhares ao lado/ Verás alguém que nem sequer mais pode olhar/
E tenhas Jesus Cristo como Deus e grande amigo/ Que a cada dia a tua esperança
Ele acenderá.”
É normal
respondermos um “tudo bem” quando perguntam sobre nosso estado. Quer seja por
educação, para finalizar uma conversa ou até mesmo para acobertar uma fase
negativa que preferimos ocultar. A sunamita, em pleno luto do filho, assim
respondeu a Geazi, moço do profeta Eliseu, quando este a interrogou (2Re 4.26).
É bem verdade que muitos interpretam que a mesma só queria abrir seu coração
para o profeta, consciente que somente ele teria a solução para o seu problema;
embora outros vejam uma forma inverídica e de pouca humildade daquela mulher.
Expor seu verdadeiro e atual estado conturbado é sempre passivo de uma análise
mais profunda com certa crítica. Não significando, necessariamente, um juízo
com sentença; mas um ato examinador do que ouve.
Hoje em
dia, no linguajar crentês ouve-se a expressão “É só vitória!”
passando uma sensação de uma vida sem problemas; a qual sabemos inexistir; além
de uma imagem de crente forte e estruturado, o que, muitas vezes não condiz com
a realidade. É admissível a preocupação do que os outros poderão pensar?
Afinal, é certo manifestarmos uma aparência de fortaleza para omitirmos as
fraquezas? Estaríamos assim praticando o ditado “o bom cabrito não berra” como
símbolo de domínio de toda e qualquer situação? Seria um exemplo de fé?
Questão
indiscutível e conduta assertiva encontramos nas frases do apóstolo Paulo
reconhecendo suas necessidades: “Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós,
para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de
Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo
fazer” (Col. 4.3,4). “Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e
traze-o, pois me é útil para o ministério” (2Tm 4.11). “Orai do mesmo modo
por mim para que, quando eu falar, seja me concedido o poder da mensagem, a fim
de que, destemidamente, possa revelar o mistério do Evangelho” (Ef. 6.19).
Seriam estas falas do grande doutrinador da igreja uma demonstração de fraqueza
em reconhecer depender de outros?
Comprovadamente,
a falta de transparência e do compartilhamento das nossas necessidades são
fatores que atrasam ou impedem a chegada do auxílio. “Nada tendes, porque
nada pedis” (Tg 4.2b). Pensando em melhorar sua vida, diminuir seus
esforços e estar saciada; a mulher samaritana solicita a Jesus: “..., dá-me
dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la”
(Jo.4. 15b). Igualmente Calebe, um dos espias enviado por Moisés, a despeito
dos seus 85 anos, reivindicou sua terra prometida; com ânimo suficiente para
lutar por ela (Jos. 14.10,11).
Evidente
que não é aconselhável expor seus problemas para todas as pessoas,
principalmente devido à falta de empatia e total confiança, que normalmente ocorre
depois de algum tempo de convivência. Porém, é preocupante e inconcebível uma
vida sem comunhão com alguém. Como uma esponja que absorve o líquido, ela
necessita ser torcida, retirando seu excesso para ter condições de continuar
sua tarefa. Semelhantemente, ter a constatação da nossa humanidade, fragilidade
e limitação é o primeiro passo para a cura. Outrossim, a convivência com outros
que passam ou passaram por algo semelhante, é combustível para entendermos que
não estamos sozinhos e é possível superar a dificuldade.
A boa
notícia é compreender o amor de Deus. “Como um pai se compadece de seus
filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem. Pois Ele conhece a nossa
estrutura e sabe que somos pó” (Sl 103.13,14). Sua luta não é a maior da
terra. Sua dor não é incomparável. Sua tristeza, frustração ou decepção não faz
de você mártir. Nossos problemas tendem a crescerem quando nossos olhos fixam
neles. Que tal começar a olhar ao lado e, sobretudo, olhar para cima?
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