O que tem em comum três palavras idênticas
na pronúncia (homófonas)?
Não é novidade que, naturalmente e justamente, o Dia
dos Pais não tem o mesmo glamour do Dia das Mães. Como também não é novidade
que a manifestação do amor materno é bem mais comum que do paterno.
Indubitavelmente, é comprovada a sensibilidade feminina em contraste com a
severidade masculina; embora havendo exceções. Logo, reconhecendo as diferenças
que permeiam as celebrações, faremos uma breve reflexão sobre a realidade da
vida, considerando as bases do amor paterno e atenuantes nas suas
peculiaridades.
Quem não se lembra de ter sofrido alguma reprimenda
de um pai? Já se foi o tempo em que apenas um olhar dele determinava a
aprovação ou reprovação de certa conduta. Pensando melhor; desde quando a
disciplina é um gesto de ódio? O sábio deixou registrado: “Porque o Senhor
corrige quem Ele ama, assim como um pai corrige o filho a quem ele quer bem”
(Pv3.12). “Discipline seu filho, e este lhe dará paz; trará grande prazer à sua
alma” (Pv29.17). Talvez este mundo não estivesse tão perverso se os pais exercessem a
missão orientada pelas escrituras sagradas. Sem ordem a desordem é
consequência, sem autoridade não há respeito, e sem hierarquia a anarquia é
questão de tempo para se revelar.
Encontramos na Palavra exemplos de pais que
negligenciaram suas atribuições e proporcionaram verdadeiros caos na família. O
rei Davi é o mais lembrado em se tratando de problemas domésticos, quando não
disciplinou Amnon pelo incesto cometido, abriu perigoso precedente; coube a
Absalão, seu filho mais velho, realizar o corretivo da pior maneira, tirando a
própria vida do seu irmão. Não foi diferente a ausência de regra e de limites,
quando este filho, perdoado, mas não sarado, retorna ao convívio da família e
pratica ato de rebelião difamando a imagem de seu pai diante do povo. Elí, o
sacerdote; o profeta Samuel, outros exemplos de pais que se omitiram e sofreram
o dano.
Disciplina trás a paz, que representa, não só
ausência de guerra, mais um estado de espírito consciente e saudável. Pai é
sinônimo de provedor, guia, condutor, amparo e também de líder. Reconhecer
atribuições paternas é submissão à palavra. Onde se quebra princípios
estabelecidos por Deus, não há Paz. É verdade que, não só de palavras, mas de
bons exemplos uma liderança é constituída. No entanto, ainda que um agravo seja
identificado, não justifica uma quebra de autoridade. Deus não estabeleceu
condições ou pré-requisitos para reconhecer a figura paterna: “Vós filhos,
sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e
a tua mãe que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem e vivas
muito tempo sobre a terra” (Ef6.1-3).
A primeira lembrança que remete o pai é, sem dúvida,
o trabalho. Embora nos dias atuais tem sido cada vez mais comum as mulheres
também trabalharem externamente; é preciso considerar um esforço realizado por
aqueles que se sacrificam para suprir as necessidades dos filhos. Ainda guardo
na lembrança uma infância de muitas privações, poucos bens materiais; porém de
ver um homem sair diariamente para o seu trabalho pela madrugada, enfrentando
tarefas das mais difíceis e lutando pelo pão de cada dia.
A menção da pá ou pás do título deste texto, agrega duas referências: A
primeira diz respeito à ferramenta de trabalho muito conhecida em obras; que
requer esforço de ambas as mãos para utilização. A segunda, simbolicamente, a
três movimentos fundamentais na vida; uma pá escava algum material ou chão,
sugere o poder ou força para ir além; a pá precisa ser levantada, talvez um bom
estímulo faça maravilhas; e por último, transportar seu conteúdo para algum
lugar. Aqui encontramos uma forte reflexão; disposição e acreditar que o que se
leva é importante para algum objetivo.
Pais devem se orgulhar do privilégio de um dia assim
serem chamados. Filhos devem se orgulhar de um dia Deus proporcionar um pai
para a sua existência. Alguns não conheceram em pai biológico, porém alguém
assumiu este papel e o Senhor abençoou. Para finalizar, não é uma lembrança
material ou um presente que dignifica um pai, mas sim o reconhecimento diário
da sua importância. “Os filhos dos filhos são a coroa dos velhos, e a
glória dos filhos são seus pais.”Pv.17.6
A CLASSE ACONTECE TODOS OS DOMINGOS ÀS 18h - AINDA DÁ TEMPO DE PARTICIPAR -
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