APRENDENDO COM DAVI




Davi, é um dos personagens mais lembrado pelo povo evangélico. Qualquer criança sabe quem venceu o gigante Golias, quem foi o rei de Israel mais vitorioso, quem mais escreveu salmos e o pastor de ovelhas mais famoso do velho testamento. Um homem admirado e criticado; um grande guerreiro e um pai omisso, um adorador por excelência e um adúltero frio e calculista. Não diz o apóstolo Tiago que não pode de uma mesma fonte jorrar água amarga e doce (Tg. 3.11)?
          O rei, profeta, músico, escritor e pastor Davi, conseguiu nos deixar o maior legado para a vida do Cristão genuíno, visto ter um coração segundo o coração de Deus, revelou-nos o segredo: “Um espírito quebrantado e um coração compungido e contrito o Senhor não desprezará (Sl. 51.17). Costumamos ser implacáveis quanto aos erros alheios e gostamos de ser benevolentes com os nossos próprios ou de quem amamos. Porém, comprovadamente, por mais espirituais que sejamos, o barro estará sempre à vista para que reconheçamos não haver perfeição em nós, e os outros saberem que Cristo é o único infalível: “Temos, porém, este tesouro (a luz do Senhor) em vaso de barro (nossa natureza humana), para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Co. 4.7).

Podemos observar um momento marcante da vida do servo Davi e aprendermos com seus erros, quando cometeu adultério com Bate Seba, mulher de Urias.
Após um período de grandes triunfos; tendo trazido a Arca para Jerusalém e vencido sete nações, seu reino estava consolidado, sentia-se seguro e respeitado por todos. O excesso e tranquilidade pode ser um aliado da acomodação, e a estabilidade uma máscara contra a santidade. Estar tudo bem não significa que já estamos no céu. Aliás, as pessoas se desviam muito mais pela fartura do que pela escassez. Assim foi o alerta à igreja em Laudicéia: “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap 3.17). A velha máxima se repete. “Queres conhecer alguém? Dê-lhe poder”. 
Certamente que o Eterno não tem prazer em nos ver na miséria e desolados, no entanto, quem mais precisa tende a se aproximar mais de Deus. Neste sentido, o rei Salomão, sabiamente registrou: ...não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus. “(Pv. 30. 8b e 9). Poucos são aqueles que, podendo usufruir dos prazeres deste mundo, são assíduos nos cultos e compromissados no Reino de Deus. Alguns até blasfemam que se o Senhor deu condição é para aproveitar ao máximo: viagens, shoppings, restaurantes, carros, modernos aparelhos, bens..., e o tempo, que antes era para servir a Deus, não tem mais.

4 motivos da Queda de Davi

1º - Não considerar ser tempo de guerra; ou seja, vigilância pessoal e própria e ser solidário e orar pelos que estavam na batalha. Uma demonstração de injustiça, querer que os outros se movam e ficamos indiferentes.

2º - Ociosidade; relata em 2 Sam. 11.2 que o rei Davi estava deitado à tarde e foi passear no terraço. Já dizia minha mãezinha “quem procura acha”. Um momento de descuido é o suficiente para uma tragédia. Vivemos na época do “não tem nada a ver”, supostos maduros brincando com a mentira e o pecado. Ver, observar, ser seduzido (a) é a escala da queda. No início uma mera casualidade até que a endorfina é ativada depois é dependência. Assim é com as drogas, pornografias e outras prostituições. A bandeja do diabo está cheia: BBB, filmes de terror, pornô, carnaval, desfiles das escolas, etc. Convido vc a ler http://pastorednilsonsobrinho.blogspot.com.br/2011/10/o-verdadeiro-significado-do-carnaval.html

3º -  Desrespeito – Dirá alguém: Mas ele era rei! O profeta, Natã ao repreendê-lo (2 Sam. 12.3) afirma que a “cordeirinha” tinha dono, portanto ignorou a autoridade de Urias. Não conheço um desviado que não tenha se rebelado contra uma autoridade. A insubmissão gera maldição, assim como a obediência gera a benção.

4º - Insatisfação -  Ele tinha diversas mulheres – conforme o costume dos reis, e não mandamento – mas cobiçou a do próximo. Quem não valoriza o que tem facilita o agir do maligno.

Que Deus nos ajude a permanecer debaixo da graça Dele e conscientes que a vigilância e oração são elementos fundamentais à nossa fé. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”. (1cor. 10.12)
   
          
         

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