"...SEJA FEITA A TUA VONTADE, ASSIM NA TERRA..."
A inconfundível oração do Pai Nosso talvez seja a mais conhecida prece em todo o mundo. Traduz um sentimento de fortaleza lembrar que temos um Pai no céu, um Ser soberano, cujo poder é inigualável, onipotente..., de amor incompreensível e tremendo! Quem não almeja um socorro nas horas de tribulação, um milagre quando não há mais esperanças? Mas, se Deus é misericordioso, por que os males acontecem?
Há uma antiga história de um diálogo no salão na qual o barbeiro, após ler o jornal e constatar muitos crimes e tragédias, afirma:
- Se realmente Deus existisse, não haveria tantos sofrimentos.
- Também já cheguei a conclusão que não existem barbeiros. Retrucou o cliente. Andei pelas ruas e vi muitos barbudos e cabeludos. – Ora! Eles estão assim porque não vieram a mim. Como eu poderia atendê-los? Questiona o barbeiro. - Ah! Não teria alguma semelhança com sua constatação? Finaliza o cliente.
“Buscar-me eis e me achareis quando me buscardes de todo vosso coração” (Jr 29.13).
Como tudo na vida exige uma visão ampla, consideram-se também ocasiões nas quais questionamos a vontade divina; seja permissiva ou imperativa. Sem querer entrar nas intermináveis discussões teológicas confrontando correntes diversas, na prática, pouco podemos compreender, sobretudo da interrupção de uma vida que presumíamos ser mais duradoura nesta terra; porquanto, nem sempre entendemos o propósito do Senhor quanto a aquele que está em Suas mãos.
À luz da Palavra, víamos Jesus preparar doze discípulos e, em especial, três deles, os quais o acompanhavam particularmente. Foi assim no monte da transfiguração e nas orações no Getsêmane; Pedro, Tiago e João, seu trio seleto. Sobre João, diríamos que foi preparado para ir até a velhice e ser um porta-voz da profunda revelação apocalíptica. A respeito de Pedro, preparado para ser um dos principais líderes da Igreja, o que faria a bombástica pregação pública e responsável pela revolução espiritual em Jerusalém. Mas... o que dizer de Tiago, irmão de João? O único relato que encontramos deste selecionado após a ascensão do Mestre, está registrado em Atos 12. Herodes mata-o ainda na primeira década de seu serviço no Reino; cumprindo a profecia de Jesus acerca do qual; beber o cálice que o próprio Cristo beberia (Mc10.39). O que para muitos seria prematura, mas nós não sabemos se para fortalecer a Igreja, glorificar ao Senhor, ou mesmo poupá-lo de mais sofrimentos, havia chegado o seu tempo. “... pois o justo é levado antes que venha o mal e entra na paz; descansam no seu leito os que andam em retidão” (Is.57.1b,2).
Existem orações que são respondidas literalmente, outras o Pai expressa a Sua vontade.
Conta-se que certo homem justo, sendo perseguido por assassinos, adentrando no mato, faz uma oração desesperada ao Senhor: “Que desça dois anjos do céu e bloqueie a trilha para que não me alcancem”. Ele se esconde e percebe que uma minúscula aranha começa a tecer uma teia por onde ele havia passado. Nosso herói então questiona: -Senhor, eu pedi anjos, e não uma aranha. Alguns minutos depois, quando os maus feitores começaram a entrar na trilha que se encontrava a vítima , Um deles resiste: - Não estão vendo estas teias de aranha?! Há muito tempo certamente não passa ninguém por aqui. E ignoraram aquele caminho.
Certamente um dia teremos respostas de muitas orações não respondidas, ou não exatamente como pedíamos.
Dentro de uma ótica espiritual é inegável que alguns facilitam a partida deste mundo, desagradando e até tentando a Deus. O rei Asa foi-se devido não buscar ao Senhor na sua enfermidade (2Cr.16.12). Sansão decidiu o dia da sua morte com requintes de vingança, isto após pecar na banalização dos seus dons, envolvimento com mulheres e irresponsabilidades várias. Assim como Sansão, muitos freqüentam ambientes hostis, como Casas de Show, estádios de futebol, manifestações em massa e andam com quem, verdadeiramente, não faz a vontade de Deus, correndo assim um grande risco. Que tal pedir a direção do Espírito Santo e fazer a oração do título deste texto sinceramente?
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” Sl. 90:12
Fraternalmente,
Pr. Ednilson Pedro Sobrinho
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