CONHECENDO O AMOR DE DEUS

 

Nem sempre conhecer alguém significa conhecer todas as suas características ou atributos. Embora caminhando com o Cristo há mais de três anos, o discípulo Filipe evidenciou esta dificuldade ao pedir a Jesus que mostrasse o Pai. Indignado, ele ouviu do mestre: “ Quem me vê a mim vê ao Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? ” (Jo 14.9b). Semelhante conflito encontramos na parábola do Filho Pródigo; retornando à casa paterna, projetou que seria tratado como um dos empregados do pai. Conhecia o pai, mas não a grandeza do seu amor perdoador.

E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda plenitude de Deus. ” (Ef 3.19). Aqui está registrada a vontade do apóstolo Paulo, entendendo a necessidade que todos os cristãos têm. Naquela célebre oração de joelhos pelos efésios, ele destaca, dentre outras, a importância da profundidade do relacionamento. O que para alguns pode aparentar presunção, para muitos denota o pleno conhecimento de Deus. Assim como detinha o profeta Jonas, que relutou em pregar o juízo do Senhor contra seus maiores inimigos, na certeza que, mediante arrependimento, alcançassem o favor divino; fato este concretizado.

Por que temos dificuldade em dimensionar o amor de Deus? O Pai Justo, tremendo, implacável, Fogo Consumidor e vingador, também é o Deus amoroso e misericordioso. Compreendendo-o por uma só ótica não conseguimos adorá-Lo conforme somos incentivados. Motivo pelo qual João ensinou na epístola: “ No amor não existe medo, antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormentos; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1Jo 4.18). Infelizmente, um grande número de discípulos e também líderes tomam para si tamanha condenação que desistem de seguir o Eterno e, até mesmo, da própria vida, devido desconhecer esse amor. Daí, consequentemente, a fé é abalada.

Mencionamos, em concordância com o governo brasileiro, no mês de setembro, o alerta à prevenção do suicídio; sob a simbologia da cor amarela.

Diversos são os motivos que levam milhares a cometerem este ato; desde a depressão, drogas, bullyyng, traumas emocionais, insegurança, problemas amorosos ou familiares, além do esgotamento; verdadeiramente, como dizem, o suicida não quer morrer, mas sim exterminar seu sofrimento.

À luz das Escrituras, o ato da autodestruição é abominável a Deus, visto que Ele nos deu a vida e somente Ele detém o poder de tirar. “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado. ” (1Cor 3.17). Existem três etapas que na condição de lucidez são observadas na vítima dela mesma: pensar, tentar e consumar; mudando o pensamento serão canceladas as duas em sequência. Impossível não lembrar a orientação do salmista: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30.5).  Além da confiança na Palavra que declara: “Novas são cada manhã, grande é a sua fidelidade” (Lam 3.23).

Explicitamos também três atos imprescindíveis para auxilio, afim de impedir o maléfico propósito.

1- Confiar em Deus em qualquer circunstância. Afinal, Ele te ama!                                   

2- Comunicar com o próximo a sua necessidade (Rm 12.13)                                                                                                                                              

3- Jamais desistir. Lembre-se, você não está só.

A crise que o ser humano vivencia no seu interior é bem retratada no salmo 42. Em um primeiro momento há uma sede de Deus, “assim como a corça suspira...); logo a lembrança das lágrimas devido às lutas; e finalmente a consciência que devesse reprender aquele pensamento que aflige a alma. “Por que estás abatida ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”

“Aquele que não poupou o seu próprio filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32)


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