As bebidas do Calvário

Na última Santa Ceia de 2008, 7 de dezembro, O Espírito Santo nos deu uma palavra relativa ao título deste texto. Naquela madrugada de domingo meditava sobre as bebidas que chegaram à boca do Senhor no final da grande missão. Primeiro o vinho com fel, recusada; depois o vinagre, que chegou a ingerir. Relato nos versículos abaixo:
Deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando-o não o quis beber ” (Mat. 27.34). Pesquisadores concluíram que o composto das substâncias seria um tipo de anestésico, algo para amenizar sua dor, como entorpecente. Em Marcos 15.23 diz que era vinho com mirra, com o mesmo objetivo. Encarar o Calvário e a crucificação,  drogado, seria bem mais fácil do que sóbrio, de cara limpa; Jesus preferiu sentir a dor. Ainda que anteriormente tivesse orado “... Meu Pai, se é possível passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mat. 26.39). Existem situações que ninguém pode passar por você. Você terá de enfrentar. Pode ser uma desilusão, uma frustração, um trauma, alguma tristeza, fracassos,... Não aceite vinho com fel, não fuja da sua responsabilidade, esteja consciente; sabendo que o perder uma batalha, não significa perder a guerra. Não se esqueça que a prata precisa ir ao fogo para ser purificada.

“Quando pois, Jesus  tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando-se a cabeça, rendeu o espírito” (João 19.30). A Escritura afirma que Jesus, vendo tudo se cumprindo declarou: Tenho sede! Afinal seu sofrimento já durava 6 horas, desde que fora preso. Muito ferido, humilhado e exausto, caminhando e levando o peso da cruz. O sacrifício judeu era oferecido duas vezes ao dia, às 9 da manhã e 3 da tarde. Jesus realizou por todo o período.
Próximo à cruz havia um vaso cheio de vinagre, uma bebida também conhecida como posca, vulgar dos soldados romanos, uma espécie de vinho azedo, de pouco valor, diluído em água. Por incrível que pareça, este vinagre era um tipo de bebida que caracterizava a “bondade” dos romanos, algo como o último pedido, para não morrer de garganta seca. Certamente ao dizer tenho sede,o Senhor gostaria que lhe dessem água, porém, deram-lhe vinagre. O clamor de Jesus ecoa em nossos ouvidos, ele que oferecera a água viva à mulher samaritana e deixou o convite registrado: “Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap. 22.17), expôs publicamente sua necessidade. A profecia se cumpriu: “... Esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas não os achei. Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber vinagre”(Sal. 69.20,21). O Espírito Santo nos tem revelado que alguns, querendo atender ao Senhor , lhe dão vinagre, e não água pura.

Estamos tendo uma grande oportunidade de lhe oferecer algo que o agrade. Está ocorrendo grandes transformações no mundo. Quem diria que seria eleito nos Estados Unidos um presidente negro? Quem imaginaria aquela grande potência atravessar uma grave crise financeira? A economia mundial repentinamente abalada? Catástrofes, inclusive no Brasil? O crescimento do evangelho na China? Sem contar a explosão evangélica nos meios de comunicação em nossa nação?
Muitos têm crescido espiritualmente, estão trabalhando duro, deixando as divergências de lado, servindo e conquistando e, sobretudo, acreditando e superando as dificuldades. Podemos e devemos fazer parte da história do evangelho na humanidade. Dois mil e nove será o ano das mudanças, Jesus tem sede, não queremos lhe oferecer vinagre e sim o que trará satisfação ao coração de Deus; não basta dar ou fazer algo pelo reino de Deus, temos que fazer o que Ele quer, com amor e dedicação. Somos desafiados a ir em frente, e iremos, em o nome de Jesus.       
                                                                                                                  Fraternalmente,
Pr Ednilson Pedro Sobrinho

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