O LIVRO DAS MEMÓRIAS
O que deixaremos como registro?
Qual o nosso legado?
Como diria o ex-presidente da
república brasileira: ”nunca na história deste país”...falou-se tanto de
legado. Faltando aproximadamente 3 anos para a Copa do mundo no Brasil, está em
voga a discussão da sociedade: Afinal, estamos ou não preparados? É oportuna? Vale à pena o investimento? Manifestantes e
defensores asseveram que o grande evento esportivo deixará o legado para as
novas gerações; estádios modernizados, pavimentações, transportes e outros. Mas
o que é literalmente legado.
Originariamente, a palavra deriva
do latim legatus. Na Roma antiga, era
o general do exército romano, ou seja, uma autoridade relevante. Daí
compreende-se legado como algo de grande relevância. No moderno Dic. Michaelis
também um determinado benefício concedido
a outrem, herança para quem não era herdeiro legal, etc.
Porquanto legado está muito
associado à morte, não necessariamente assim denota.
A questão que trataremos está além
do somente deixar algo, mas sobretudo, algo de bom, justiça.
As sementes que semeamos nem todas
vingam, mas os atos que praticamos serão levados em conta, os bons e os maus.
Aliás o Senhor disse que até pelas palavras que professamos seremos julgados.
Imagine se o pregador subisse ao
púlpito e dissesse que leria o “livro das memórias?” Obviamente que este livro não está na Bíblia.
No entanto, não só a menção deste, como de outros, tais quais “livro dos justos”
(Js. 10.13; 2Sm 1.18), livro da vida (Is. 4.3 e Ap. 21.27), dentre outros, que
embora sendo citados nas escrituras sagradas, não os temos em mãos
A importância do fato ser documentado
e arquivado é tão importante que o próprio Deus usou este artifício para
preservar o povo judeu que estava sob o domínio persa nos dias da rainha Ester,
ainda que não seja mencionado o nome de Deus no livro, contudo, o
quebrantamento, jejuns e orações, certamente apontava para o criador, e este
concedeu o livramento. Nosso Senhor Jesus, confrontando com o Diabo, por três
vezes afirmou “está escrito”, ou seja, é registro de grande valor, imutável,
inquestionável---o poder da palavra literal.
Dentre muitos ensinamentos que
constam em Ester, evidenciaremos um: sempre valerá a pena fazer o bem.
Mardoqueu, quando ainda era um simples súdito e escravo, evitou que o governo
do país que estava fosse abalado, isto porque deflagrou uma conspiração dos
própios eunucos do rei (Et. 2.21e22), fato escrito no livro das crônicas - um
autêntico golpe de Estado. Passaram-se anos, o opressor era engrandecido, havia
o risco iminente do genocídio; Mardoqueu, seus compatriotas e a própria rainha
entraram no propósito, jejuando e intercedendo. A rainha Ester correria o risco
de perder a vida ao entrar na presença do rei sem ser chamada, porém, é bem
sucedida; Mas não era o suficiente para decretação do livramento. O que o
Senhor faz? Tira o sono do rei, naquela noite o monarca lê o Livro das
Memórias, rever os bons feitos e o crédito de Mardoqueu e assim muda a história
A Bíblia nos estimula a não desfalecer e afirma que o Senhor exaltará o fiel.
Uma máxima que sempre utilizamos: Deus não fica devendo nada a ninguém.
“Porque Deus não é injusto para
ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu
nome, pois servistes e ainda servis aos santos.”
Hebreus 6:10
Fraternalmente,
Pr. Ednilson Pedro Sobrinho
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