BATISMO – UMA PROFISSÃO DE FÉ

Embora muitos compreendam o significado do batismo, outros ignoram, e ainda existem pessoas que, mesmo batizadas, não discerniram o ato que concordaram.

Usarei uma pergunta de um novo convertido que ao ouvir sobre a importância do batismo e a necessidade da própria decisão, ponderou: Fui batizado pelo padre quando  estava preste a casar, pois era empecilho para que ele celebrasse meu casamento. Preciso me batizar novamente?

Em primeiro lugar, o que é batismo? Literalmente a palavra batizar significa mergulhar. O mais famoso batizador foi João Batista, daí origina seu “sobrenome”. Ele não introduziu costume novo ao realizar o ato às margens do rio Jordão, os judeus entendiam que a imersão do corpo em água corrente era uma forma também de purificação cerimonial. “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos, cessai de fazer o mal” (Isa. 1.16). E, de fato, não estranharam ver alguém batizando seus discípulos, mas questionaram que autoridade tinha para isso “... Então por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta” (João 1.25).    

O batismo de prosélitos para os judeus era algo normal, visto considerarem impuros todos os gentios. Sendo João Batista a transição entre a lei e o cristianismo, não compreendia o sentido pleno da significância como vemos em Romanos 6.3 e 4: “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida”.  Notemos que a principal proposta do batismo é que andemos em novidade de vida, ou seja, não cometer as práticas pecaminosas de antes. Também é importante observar que, já com João Batista, a anterior purificação adquiriu uma nova conotação – era necessário o arrependimento. Este é o motivo pelo qual, biblicamente, sucede o batismo. Disse o apóstolo Pedro: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2.38).

Portanto, respondendo a pergunta do novo convertido, embora ele tenha sido batizado na idade adulta, a motivação foi incorreta, assim como o conhecimento bíblico.

Uma coisa é a tradição ritualística, outra é compreensão das Escrituras. O Senhor Jesus declarou que invalidavam o mandamento pela tradição (Mateus 15.6). Que consciência de pecado teria uma criança para submeter-se ao batismo? Considerando que o batismo representa a confirmação de uma decisão de seguir a Cristo, quem teria a autoridade de decidir por outro sabendo que a salvação é individual. Não existe qualquer evidência de batismo de criança na bíblia. No caso do nosso irmão “batizado” para casar, existiu um simples procedimento burocrático para atender a uma instituição ausente de qualquer comprometimento com a palavra de Deus.

“Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração a forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça”(Rom. 6:17 e 18).

                                                                                                                  Fraternalmente,
Pr Ednilson Pedro Sobrinho