Deixando a Ignorância

“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento.“ (Oséias 4.6 a).
Com o passar dos tempos algumas palavras adquirem um novo sentido, muitas perdem totalmente o sentido original. Se alguém é chamado de ignorante, certamente entenderá que está sendo ofendido, haja vista a compreensão de que ignorante é ser rude, grosseiro, mal-educado, etc. Devido este entendimento, muitos dicionários atuais já concordam com essa interpretação. Porém, literalmente, ignorante vem do latim e significa “quem ignora, pessoa sem instrução, sem conhecimento”; conforme o Dicionário Michaelis, um dos mais conceituados do Brasil. O apóstolo Paulo utiliza a expressão em I Cor. 12.1: “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.” Claramente, o sentido aqui é de desconhecimento.
Muitas pessoas deixam de receber benefícios por ignorarem seus direitos e, quanto mais ignorante é o povo, mais uma minoria astuta o dominará. A história está repleta de exemplos dos que alcançaram realizações mediante o conhecimento. “Assim também ficar a alma sem conhecimento não é bom, e o que se apressa com os pés peca”. (Prov. 19.2). Pedro aconselha os irmãos a crescerem na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (II Pe. 3.18).

Precisamos, primeiramente, conhecer bem ao Senhor, seu poder e Sua vontade para nossa vida, ou seja, conhecendo a palavra. E em segundo lugar, conhecer à nossa volta, o mundo e as artimanhas do maligno. Nas palavras do próprio Jesus: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus (Mt. 22.29)”. Observe que Jesus declarou dois canais para não sermos enganados: As Escrituras, fonte da revelação de Deus para ler e meditar, sempre debaixo de humildade e oração. E o segundo canal é o poder de Deus, que além dos feitos por Ele realizados, consiste na experiência pessoal. Viver o Evangelho significa viver com Deus, tendo relacionamento com Ele. Ambos canais se completam. Indubitavelmente, é imprescindível que se busque o conhecimento, sobretudo na especialidade que se milita. Ainda o profeta Oséias deixou registrado: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor”(6.3).
A cada dia surgem falsos profetas, interpretações distorcidas e “novos caminhos”. Algumas vezes tentarão confundir nossa mente quer por sinais, sutilezas e até por sentimentos, mas o verdadeiro cristão apega-se à palavra e fica firme. 

Algumas armadilhas tentarão roubar a sua fé e minar a sua comunhão com Deus. Neste mês existe um forte apelo à concupiscência dos olhos, o carnaval, que é o carro chefe do Brasil e do Tentador para atrair vidas aos prazeres momentâneos, à completa liberação dos desejos da carne. Uma frase para refletir: Se carnaval fosse bom, não existiria quarta-feira de cinza. Que nada mais é, senão uma demonstração de “arrependimento” pelos dias de pecado.
Paulo afirmou: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos , e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus e levando cativo todo o entendimento `a obediência de Cristo (II Cor. 10. 4 e 5).”
Há duas formas mais evidente de aprendizado; receber o ensino de alguém para prevenção, e o aprendizado através de experiências, algumas positivas, mas normalmente negativas, aqueles que apanham para aprender. A Bíblia e o Senhor nos ensinam amorosamente. Paradoxalmente, o mundo também ensina, porém com dores e sofrimentos e, quando aprendem, às vezes não tem mais tempo para praticar. Um antigo filósofo já dizia: “O tempo é o melhor professor que existe, pena que ele mata os alunos antes de acabar o curso..” Que Deus te abençoe.   
                                                                                                                                                     Fraternalmente,
 Pr Ednilson Pedro Sobrinho

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