A AUTO-ESTIMA

É preciso, em primeiro lugar, definir auto-estima. No Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, Michaelis, afirma: “a aceitação que o indivíduo tem de si mesmo.” Em psicologia, auto-estima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg, 2003).
A auto-estima envolve tanto crenças auto-significantes (por exemplo, "Eu sou competente/incompetente", "Eu sou benquisto/malquisto") e emoções auto-significantes associadas (por exemplo, triunfo/desespero, orgulho/vergonha). Também encontra expressão no comportamento (por exemplo, assertividade/temeridade, confiança/cautela). Em acréscimo, a auto-estima pode ser construída como uma característica permanente de personalidade (traço de auto-estima) ou como uma condição psicológica temporária (estado de auto-estima). Finalmente, a auto-estima pode ser específica de uma dimensão particular (por exemplo, "Acredito que sou um bom escritor e estou muito orgulhoso disso") ou de extensão global (por exemplo, "Acredito que sou uma boa pessoa, e sinto-me orgulhoso quanto a mim no geral").
Compreende-se que é a opinião e o sentimento que cada pessoa tem por si mesma. É ser capaz de respeitar, confiar e gostar de si.
Criminosos violentos freqüentemente se descrevem como superiores aos outros - em especial, como pessoas de elite, que merecem tratamento preferencial. Muitos assassinatos e ataques são cometidos em resposta a golpes contra a auto-estima, tais como insultos e humilhação. Para ser mais preciso, muitos perpetradores vivem em ambientes onde insultos são muito mais ameaçadores do que a opinião que tem de si mesmos. Estima e respeito estão ligados ao status na hierarquia social, e desonrar alguém pode ter conseqüências tangíveis e mesmo acarretar risco de vida.

Ainda sob a ótica da psicologia, a auto-estima pode ser elevada, mas frágil (por exemplo, narcisismo) e baixa, porém segura (por exemplo, humildade). Todavia, a qualidade da auto-estima pode ser indiretamente avaliada de duas formas: em termos de sua constância através do tempo (estabilidade), e em termos de sua independência ao se apresentarem condições particulares (não-contingência). Existem épocas em que o brasileiro manifesta certa confiança na nação e até orgulho por pertencer a este país. No entanto, outras vezes, a desconfiança se torna mais evidente em virtude das experiências passadas. Paradoxalmente, comprovadamente, na esfera esportiva e nas grandes festas a paixão é o elemento diferenciador que eleva a auto-estima. Indubitavelmente, esta característica é mais constante em se tratando de classes sociais mais elevadas, visto que sofre menos as turbulências do dia-a-dia. Conquanto, para muitos, o moral elevado proporciona o sucesso nas aspirações, entretanto, demasiadamente, aproxima-se do narcisismo e da falta de humildade _ o que pode conduzir ao isolamento e, consequentemente, ao fracasso.

A análise a seguir identifica algumas razões pelas quais há diminuição da auto-estima, bem como atitudes que podem reverter o quadro e, principalmente, os resultados dessa melhoria, considerando os benefícios do sentimento positivo.

O que diminui a auto-estima?
- críticas e autocríticas
- culpa
- abandono
- rejeição
- carência
- frustração
- vergonha
- inveja
- timidez
- insegurança
- medo
- humilhação
- raiva
- e, principalmente: perdas e dependência (financeira e emocional)

Para elevar a auto-estima é preciso:
- autoconhecimento
- manter-se em forma física (gostar da imagem refletida no espelho)
- identificar as qualidades e não só os defeitos
- aprender com a experiência passada
- tratar-se com amor e carinho
- ouvir a intuição (o que aumenta a autoconfiança)
- manter diálogo interno
- acreditar que merece ser amado(a) e é especial
- fazer todo dia algo que o deixe feliz. Pode ser coisas simples como dançar, ler, descansar,  
  ouvir música, caminhar.
- sobretudo, crer em Deus e na Bíblia
Resultados da auto-estima elevada
- disponibilidade em oferecer e receber elogios, expressões de afeto
- sentimentos de ansiedade e insegurança diminuem
- harmonia entre o que sente e o que diz
- necessidade de aprovação diminui
- maior flexibilidade aos fatos
- autoconfiança elevada
- amor-próprio aumenta
- satisfação pessoal
- maior desempenho profissional
- relações saudáveis
- paz interior


Com relação à visão teológica, o instrumento pelo qual dimensiona a auto-estima, sem dúvida, é a fé. Haja vista que, cientificamente, ratificado pela medicina, influencia o bem-estar e produz efeitos surpreendentes no processo terapêutico. E aqui entendemos o porquê do povo brasileiro, em grande número, apresentar traços de auto-estima positiva. A crença associada com a cultura étnica combate a própria racionalidade a acreditar no invisível. 

Decerto, uma instituição séria como a Data Folha não traria à tona uma pesquisa na qual insere a maioria dos brasileiros como sendo otimista, a despeito das crises; tampouco daria números fictícios à sociedade quanto aos consultados. Assim sendo, sob o ponto de vista da motivação em alcançar objetivos, a auto-estima elevada auxilia as realizações. No entanto, debruçada na indiferença e omissão acostada ao absurdo, propicia a irresponsabilidade e o caos.

                        Pr. Ednilson Pedro Sobrinho

BIBLIOGRAFIA
MICHAELIS, Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Reader`s Digest; São Paulo: Melhoramentos, 2000 2 v.

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