FUGINDO DE DEUS

Há uma máxima, não só no meio cristão, como secular, que afirma que não se pode esconder-se de Deus. De fato, no Salmo 139: 7-8 bem aduz esta verdade:
“Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.” Contudo, encontramos relatos de personagens bíblicos que, de alguma maneira, queriam fugir da presença de Deus.

A começar, o próprio Adão após o pecado original. O Criador todos os dias vinha conversar com o homem no Jardim, até que, havendo transgredido a ordenança divina e aberto os olhos para a malícia, Adão sentiu-se envergonhado duplamente; primeiro por sua própria infidelidade e depois por sua nudez.    Gideão estava se escondendo e questionou o seu chamado para livrar Israel das mãos dos midianitas. Jonas fugiu para não ser mediador de misericórdia aos ninivitas, ele sabia que Deus perdoaria os seus cruéis inimigos e opressores quando os mesmos se arrependessem sinceramente. Não se sujeitar ao mandado do Senhor nem sempre caracteriza uma covardia, mas ausência de compaixão pelo próximo, egoísmo. Curiosamente, a bíblia apresenta o verbo descer seguidamente, talvez porque quando desobedecemos ao nosso Pai Celestial a tendência é estar cada vez mais embaixo, derrotado. Jonas desceu para Jope, desceu para dentro do navio errado, a seguir desceu para o porão e foi lançado mar abaixo. O que dizer de Ananias “informando” a Deus que Paulo não merecia ser um discípulo e era um homem perigoso (Atos 9.13)?

 Não faltam motivos para aqueles que querem fugir do Senhor. A pergunta é: Como estão fugindo do Senhor e por quê? Alguns fogem do Senhor ou fogem das igrejas, se entregando aos prazeres da carne. Para ser um cristão genuíno é necessário compromisso com a palavra de Deus, as cobranças são inevitáveis. Assim, a fuga para o pecado seria um distanciamento do Reino de Deus. Por vezes o próprio investimento pessoal, como cursos, colégios e trabalhos podem caracterizar-se uma fuga. Ouve-se aquela frase: “Deus sabe que não tenho tempo.” Certamente é importante o investimento para o futuro, no entanto, se esta empreitada afasta o cristão da comunhão com o Senhor, já não é mais benéfica senão uma fuga. Não podemos esquecer que é Ele quem nos dá a capacidade para ter sucesso na vida – sucesso com edificação e alegria e não com angústia e medo. O salmista disse que “Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia.” Há refúgios que até apresentam grandes fortalezas, quase intransponíveis, como a depressão, o isolamento, a mente cauterizada, o orgulho, vaidade,... Porém não é um socorro, é um engano. Reaja, não podemos fugir de Deus, tampouco dos irmãos, é preciso compartilhar, dividir a carga, pedir oração..., não receie expor uma fraqueza. Em salmos alerta: “Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia (Sl. 32.3).    

Sabemos que o pecado traz consigo a vergonha, não só de Deus, mas também dos irmãos. O Diabo contribui para o afastamento colocando uma carga de incredulidade disfarçada de humildade sob o pensamento de que a pessoa não merece o perdão, uma auto condenação e também o sentimento de incapacidade ao se considerar despreparado para alguma tarefa. O sinal da  omissão consiste também  uma forma de fugir. Muitas atitudes estão associadas com a falta de fé, exceto quando cometemos pecado e não há arrependimento ou deliberadamente desejamos continuar no erro.
 AO ETERNO DEUS, TODA HONRA E GLÓRIA.
                                                                                                                  Fraternalmente,
Pr Ednilson Pedro Sobrinho

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